terça-feira, 30 de outubro de 2012

Modal Dutoviário carece de investimentos

A vazão média de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em um bombeio recebido nos dutos da Liquigás – companhia de distribuição presente em 23 estados e que abastece 35 milhões de consumidores residenciais - é de 150 toneladas por hora ou 3.600 toneladas por dia. Para transportar a mesma quantidade pelas rodovias, a empresa estima que aproximadamente 144 caminhões a mais estariam em circulação. Resultado: mais chances de congestionamentos e maior risco de acidentes.

O exemplo acima comprova a eficiência e a importância de um modal de transporte pouco conhecido e utilizado no país, o dutoviário. Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam que ele representa apenas 4% da matriz de transportes de cargas no Brasil, à frente apenas do segmento aeroviário. Na ponta, os líderes são o rodoviário (61,1%), ferroviário (20,7%) e aquaviário (13,6%).

“Esses números são resultado de um problema cultural no Brasil quando, na década de 50, o progresso era sinônimo de construir estradas. Por isso, temos uma extensão mínima de dutos em comparação a outros países. É um volume muito pequeno diante da extensão territorial do Brasil”, diz à Agência CNT de Notícias o diretor de Petróleo e Gás da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), Guilherme Pires de Melo.

Vantagens para reverter esse quadro, dizem especialistas, não faltam. “Há grandes benefícios na utilização dos dutos: custos de manutenção mais baixos que os de outros modais, maior nível de segurança e confiabilidade. Eles permitem o transporte de grandes quantidades de um produto em pouco tempo. Entregam o material com pontualidade e uma assertividade muito grande. São altamente eficazes, é a melhor relação custo-benefício”, explica o gerente geral de Logística e Suprimentos da Liquigás, Luís Alberto Soares Martins.

Outros pontos positivos são a dispensa de armazenamento, baixo consumo de energia, operações de carga e descarga simplificadas, menor suscetibilidade a perdas e roubos e possibilidade de operar ininterruptamente – 24 horas por dia, sete dias por semana.  Na outra ponta, pesam como desvantagens a capacidade limitada de transporte (apenas gases, líquidos ou misturas semifluidas), resistência à entrada de novos agentes no mercado e riscos de acidentes ambientais se as tubulações se romperem.

Assim como as hidrovias e ferrovias, o sistema de dutos exige altos investimentos para ser construído, o chamado custo fixo – grandes áreas precisam ser desapropriadas para dar espaço às instalações, por exemplo. O Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Industrial da Universidade de São Paulo (USP) estima que a construção de um quilômetro de dutos é oito vezes mais cara que a mesma distância em rodovias. No entanto, analistas garantem que o modal ainda é o mais apropriado a longas distâncias, uma vez que os gastos se diluem à medida que aumenta o percurso.

Leia mais sobre o assunto pelo link:

http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=8413
 

Pesquisa mostra piora no estado das Rodovias

Quase dois terços das rodovias pavimentadas do Brasil estão em situação regular, ruim ou péssima. É o que aponta a 16ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada nesta quarta-feira (24) pela Confederação Nacional do Transporte.

De acordo com o levantamento, dos 95.707 quilômetros avaliados, 33,4% foram considerados em situação regular, 20,3%, ruim e 9%, péssima. Outros 27,4% estão em bom estado e 9,9% em ótimo. Se comparados com os dados da pesquisa de 2011, houve piora na qualidade das estradas nacionais. No ano passado, 57,4% foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas, contra 62,7% este ano.

Para fazer a análise, 17 equipes de pesquisadores da CNT percorreram todas as rodovias federais e as rodovias estaduais mais relevantes do Brasil, ampliando em 2.960 km a extensão avaliada na comparação com o que foi feito em 2011. Os aspectos que embasam a pesquisa são a qualidade de pavimentação, a sinalização e a geometria da via.

Leia mais sobre o assunto acessando o link abaixo:

http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=8599
 

sábado, 30 de junho de 2012

Os Desafios da Logistica no Brasil

O desafio da logística

O principal desafio do futuro governo já está definido: modernizar estradas, recuperar portos e ampliar aeroportos para que as empresas se tornem competitivas

Por Redação da DINHEIRO
Qualquer que seja o vencedor na disputa presidencial deste domingo, terá um desafio prioritário: enfrentar definitivamente o chamado custo Brasil, que inclui estradas esburacadas, portos sucateados e aeroportos operando além do limite da capacidade. O desafio é tão grande quanto o problema, mas não deverá faltar recurso.
 
O orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) subirá 36,6%, entre 2010 e 2011, alcançando R$ 43,5 bilhões – o equivalente ao dobro do lucro da Petrobras no ano passado. Deste total, R$ 17,9 bilhões serão destinados à modernização de rodovias, portos, ferrovias, aeroportos e hidrovias. 
 
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Contrastes: a frota brasileira de caminhões é uma das mais modernas do mundo, mas as estradas ainda deixam a desejar 
 
Os investimentos vêm em boa hora. O esforço do governo em recuperar a defasagem da logística brasileira parte de um pressuposto básico no capitalismo moderno: se o Brasil pretende se tornar uma potência no cenário econômico mundial, precisa ter uma infraestrutura à altura de sua ambição. 
 
Enquanto isso não acontece, as empresas estão trilhando seus próprios caminhos em busca da logística ideal. “O que faz a geladeira não ser geladeira é ela não estar na hora certa no lugar certo”, compara Eduardo Cunha, especialista em logística da consultoria Accenture. 
 
O BNDES já abriu os olhos para isso. A instituição avalia que, entre 2010 e 2014, cerca de R$ 850 bilhões serão investidos na economia brasileira, dos quais R$ 330 bilhões exclusivamente em logística – o maior volume de recursos já aplicados na história econômica do País. 
 
No entanto, investir muito não significa investir o necessário. Para o consultor Eduardo Cunha, apesar da cifra recorde, muitos gargalos continuarão existindo entre quem produz e o consumidor final em razão dos contrastes estruturais entre as regiões do País. 
 
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Gargalo: os portos brasileiros ainda são mais burocráticos do que os internacionais
 
Além de reduzir as disparidades de infraestrutura entre o Nordeste e o Sudeste, fatores como a carga tributária e a taxa de juros mais alta do mundo também despontam como desafios. “O Brasil é muito industrial e pouco comercial. Para darmos um salto, temos de seguir o caminho de Cingapura e do Chile, por exemplo, que têm uma alta base de serviços”, diz  Cunha.
 
Nem só de investimento depende o futuro da infraestrutura brasileira. O professor André Duarte, engenheiro de produção do Insper, de São Paulo, diz que o maior desafio da economia brasileira é integrar as cadeias de suprimentos, distribuição, custo, transporte e matéria-prima. 
 
Ao analisar todas as empresas listadas no mercado de capital aberto brasileiro, Duarte constatou que, em 1997, 12% delas dispunham de uma diretoria de operações logísticas. Hoje, 40% delas já dispõem de um departamento logístico. O professor Duarte nota que a interligação entre as empresas no capitalismo moderno é que vai fazer com que cresçam.  “Logística é, antes de mais nada, oportunidade e, dentre empresas, trata-se de identificar o fornecedor do fornecedor”, diz ele.
 
A saga em busca da logística perfeita mistura inovação na distribuição de produtos por parte das empresas, agilidade na reforma das estruturas de portos e aeroportos por parte do setor público, e capacidade de driblar a eventual falta de investimento governamental em algumas áreas. Nas páginas a seguir, conheça os números do setor e saiba como grandes empresas estão vencendo o desafio.
 
Fonte: Revista Isto é Dinheiro, Especial Logistica, 29 de Outubro de 2010, edição 682.

domingo, 27 de maio de 2012

CNT ORGANIZA EVENTO PARA DISCUTIR QUESTOES DO SETOR FERROVIÁRIO

 

Por Agencia CNT de Notícias

Como conciliar aumento de passageiros com a oferta de serviços de qualidade é um dos assuntos que serão abordados.
Foto: Arquivo/ANTF Seminário discute os desafios para o progresso do setor ferroviário
Os principais executivos de transporte e planejamento ferroviário estarão reunidos em São Paulo, nos dias 30 e 31 de maio, para discutir como o Brasil pode buscar soluções para resolver gargalos de infraestrutura em transporte público. O incentivo para as discussões do evento ‘Desenvolvimento Ferroviário Brasileiro’ é a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olímpiadas de 2016, que vão atrair milhares de turistas para o país.

Os participantes vão debater como conciliar o aumento do número de passageiros e a manutenção dos serviços urbanos de forma eficiente, além de falar sobre os investimentos estratégicos necessários para melhorar a infraestrutura de transporte brasileira, principalmente a do setor ferroviário.

O evento vai apresentar o que há de mais moderno sobre o desenvolvimento da indústria sobre trilhos. Os participantes poderão ter contato com especialistas e líderes da área de infraestrutura, companhias operadoras, agências regulatórias e representantes do governo.

Alguns palestrantes confirmados são o presidente executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça; o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate; e o superintendente de serviços de transporte de cargas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Noboru Ofugi.

Mais informações e inscrições em: http://www.regonline.co.uk/Register/Checkin.aspx?EventID=1076443

domingo, 12 de fevereiro de 2012

CUSTO BRASIL

O Custo Brasil é um termo genérico, usado para descrever o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no Brasil, dificultando o desenvolvimento nacional, aumentando o desemprego, o trabalho informal, a sonegação de impostos e a evasão de divisas Por isso, é apontado como um conjunto de fatores que comprometem a competitividade e a eficiência da indústria nacional. [1]
O termo é largamente usado na imprensa, fazendo parte do jargão econômico e político local.
Exemplos do Custo Brasil são:
  • Corrupção administrativa elevada.
  • Déficit público elevado.
  • Burocracia excessiva para criação de uma empresa.
  • Manutenção de taxas de juros reais elevadas.
  • Spread bancário exagerado (um dos maiores do mundo).[carece de fontes]
  • Burocracia excessiva para importação e exportação, dificultando o comércio exterior.
  • Carga tributária alta.
  • Altos custos trabalhistas.
  • Altos custos do sistema previdenciário.
  • Legislação fiscal complexa e ineficiente.
  • Alta margem de lucro dos empresários.[2]
A Abimaq divulgou em março de 2010 um estudo inédito que mensurou o Custo Brasil para produtos agrícolas. Oito itens foram considerados e ficou constatado que o Custo Brasil encarece em média 36,27% o preço do produto brasileiro em relação aos fabricados na Alemanha e nos Estados Unidos[1].
FONTE: wikipédia a enciclopédia livre

A parcela gasta pelo Brasil com logística em proporção do PIB – Produto Interno Bruto supera a fatia destinada pelos Estados Unidos ao setor. Já que em termos absolutos os americanos gastaram, ano passado, R$ 2,08 trilhões em logística e o Brasil “apenas” R$ 391 bilhões, o volume representou 10,6% do PIB brasileiro, enquanto nos EUA essa fatia foi de 7,7%. Os números constam de pesquisa divulgada pelo Ilos – Instituto de Logística e Supply Chain, que mostra ainda uma média de 8,5% da receita líquida gasta por empresa com o setor de logística no Brasil.

A situação desta distorção é mais grave do que se imagina, muito além do que os órgãos governantes e analistas apresentam. No Brasil, o ferroviário participa entre 24% e 25% na matriz de transportes, enquanto que em outros países, com as mesmas características, entre 40% e 50%. Só que no Brasil a participação do minério de ferro é de cerca de 10% e, portanto, na realidade, a participação do modal ferroviário está entre 14% e 15%, aumentando assim a sua distorção. Quando consideramos o estado de São Paulo, que responde por 40% do PIB, esta distorção é  aior ainda, pois estamos falando de 5% no ferroviário e mais de 92% no rodoviário. A situação ainda é mais grave se considerarmos a densidade da malha ferroviária do estado por quilômetro quadrado. Em comparação com a malha dos Estados Unidos da América a malha paulista é  superior em 20%. O sistema hidroviário brasileiro, que é o meio de transporte mais econômico, tem potencial navegável superior a 40.000 quilômetros, mas somente 10.000 participam na matriz de transportes.
 




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