quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Caos do Transporte Brasileiro

Tenho falado sempre aqui das problemáticas do Transporte brasileira e da relação escusa do governo em privilegiar empresas estrangeiras do ramo automotivo, fiat, Volkswagen, ford e outras enchem nosso sistema viário de veículos, poluem nosso espaço e mandam todo o lucro de sua atividade para seu país, e o governo mantém isso para manter alguns empregos, mas dentro em breve nossas vias não vão ter mais como diluir o fluxo de veículos, a velocidade média ficara muito mais baixa que temos hoje e prazos de entrega ficaram cada vez mais difíceis de cumprir, nosso mercado ficará desabastecido e a inflação irá aumentar devido preço de combustíveis e prateleiras vazias, fora ainda que o transporte de pessoal ficará cada vez mais honeroso para as empresas, dessa forma o mercado brasileiro não será mais atraente para as empresas citadas e nem para outras indústrias, vai haver uma fuga de mercado estrangeiro provocando muito mais desemprego do que os empregos atuais dos metalúrgicos mantido pelo governo.
Devido essa politica de manter emprego de metalúrgico não se investe em ferrovias e no transporte aquáviario e o que temos é o disperdicio de emprego, de dinheiro público, etc.
Isso está bem implícito na publicação desse mês da revista da ANTP, segundo o Artigo “reflexões sobre o problema dos Transportes” de Adriano Murgel Branco haveria uma economia de bilhões se houvesse investimento nos miodais hodroviário e ferroviário, vejamos a seguinte exposição:
Tem-se esquecido que o transporte de carga de 1 tonelada por 1.000 quilômetros, por meio aquaviário, consome 7,4 litros de combustíveis; ou 12,6 litros na hipótese de transporte ferroviário ou ainda 43,4 litros no sistema rodoviário; e que a poluição ambiental segue os mesmos parâmetros. Não se tem levado em conta que, para substituir um comboio de transporte fluvial de 4.400 toneladas de carga são necessários 110 vagões ferroviários de 40 toneladas (Revista dos Transportes Públicos - ANTP - Ano 33 - 2011 - 2º quadrimestre 10)
220 caminhões de 20 toneladas; e que estes, guardando um espaçamento médio de 100 metros, ocupam uma faixa de tráfego de 22 quilômetros de extensão! Olvida-se que o número de mortes em acidentes no transporte hidroviário é praticamente desprezível, no ferroviário é de pequena monta e no rodoviário é muito grande. Nos transportes rodoviários no Estado de São Paulo, os feridos em acidentes com caminhões representam 15,3% do total e os mortos chegam a 30,4%, embora tais veículos constituam, em média, 5% da frota total do Estado. São 10.100 feridos ou mortos por ano (Secretaria dos Transportes, Balanço anual).

Procurando avaliar os custos envolvidos no desequilíbrio modal, desenvolvemos três cálculos exemplificativos. O primeiro refere-se ao que significaria elevar a participação do transporte aquaviário na matriz modal brasileira (computados só os transportes rodoviário e aquaviário) dos atuais 13% (dados do Ministério dos Transportes relativos a 2007) para 30%, como admite o próprio Ministério no estudo Diretrizes da Política Nacional de Transporte Hidroviário. MT 2010.
 O segundo analisa o benefício econômico resultante, no Estado de São Paulo, da distribuição modal segundo os porcentuais norte-americanos, ao invés da matriz paulista que atribui ao modo rodoviário 81,29% das cargas transportadas. Nos Estados Unidos, este modo responde por apenas 33,12% da matriz. O terceiro avalia o mesmo benefício, mas em nível nacional (mesma comparação com Estados Unidos).
Nos três casos, admitem-se custos calculados pelo porto autônomo de Paris e referentes aos modos aquaviário, ferroviário e rodoviário, assim como o custo do transporte dutoviário estimado por outras fontes, resultando:
– Aquaviário: U$ 14,3 / mil.t.km
– Ferroviário: U$ 28,4 / mil.t.km
– Rodoviário: U$ 66,0 / mil.t.km
– Dutoviário: U$ 9,0 / mil.t.km
Podemos tirar então uma conclusão que com base em dados demonstra-se que se utilizássemos outros modais e integracemos nossa cadeia de transporte poderíamos ter um sistema mais satisfatório, mas hoje temos ferrovia subiutilizadas e rios abandonados, se investimos no desassoreamento de rios como São Francisco, paraná, Paraiba do Sul, Tietê e outros poderíamos ter recursos hidroviários que facilitassem acesso a grandes centros no sul e sudeste do Brasil, mas preferimos manter micharia de empregos de metalúrgicos e henriquecer empresas fabricadoras de caminhões, além disso precisamos no Ministério dos transportes e DNIT de chefias que entendam dos problemas e saibam contorna-los e não de políticos que superfaturam editais e continuam a investir no mesmo sistema obsoleto que impede a nossa evolução econômica, nosso país possui um potencial enorme, mas a corrupção e a cabeça dura de nossos governantes impede nosso país de ser uma superpotência econômica, enquanto isso estrangeiros deitam e rolam e levam lucro de graça, como chineses que compram nosso minério de ferro a preço de banana e revendem o aço a preços astronômicos.

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