sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PESQUISAS SÃO NECESSÁRIAS CONTRA GARGALO LOGÍSTICO

Nossas faculdades federais e até mesmos as PUC'S espalhadas por esse país continente possuem estruturas magnificas, todas possuem areas construidas e terrenos enormes e em muitos casos esses terrenos e estruturas todas estão subutilizadas que é o que acontece atualmente com a UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de de Janeiro) localizada no município de Seropédica, uma area enorme ocupada por capim e com prédios antigos caindo aos pedaços. Nosso ministro da educação que diz que o país está as mil maravilhas e vive mescarando a realidade de nosso ensino superior deveria se preocupar mais com a estrutura dos cursos superiores, a banalização da graduação tem levado a um caso sério de formação de profissionais despreparados, que conhecem apenas teorias e não trazem nada de novo ao mercado. Um dos casos que citamos são as estruturas arcaicas de nossos CD's, a utilização sem estudos de meios de transporte baseados apenas em tendências e gargalos em todo o país. Esta claro que o sucesso de qualquer ramo de atividade nessecita durante o projeto não apenas de especialistas que vivem dizendo que sabem tudo e não aceitam opnião e se acham o máximo por ocupar posições privilegiadas na organização ou no sistema, o Brasil cresce, as empresas crescem, mas tudo desordenadamente e dinheiro vaza pelo gargálo, quando se trata de transporte em um país do tamanho do Brasil, e ainda com problemas burocráticos que temos e altas taxas e impostos é fundamental aos nossos especialistas e empresários o investimento junto as faculdades no desenvolvimento de pesquisas, de softwares e o pensamento de uma forma global da cadeia logística, não apenas a viseira imposta por profissionais que atuam no ramo a anos, possuem graduações e PMI e não aceitam a abertura a novos conceitos. Por esse motivo trago hoje uma pequena pesquisa no ramo portuário que traz melhorias na qualidade dos serviços portuários brasileiros que possuem uma qualidade questionável.
Estarão envolvidas nesta etapa inicial as universidades federais do Rio de Janeiro como UFRJ, UFF e Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), além da estruturação de uma rede de pesquisa com as principais universidades federais e estaduais das regiões onde estão localizados os portos, como as instituições de ensino e pesquisa dos estados do Pará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo (USP). A UFF será responsável pela montagem do Banco de Dados e a Universidade Rural pelo estudo da fauna sinantrópica (pombos, ratos, insetos e outros animais).

Uma das principais metas a ser alcançada nesta etapa de diagnóstico é a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para os portos marítimos brasileiros com a melhoria das condições sanitárias, evitando epidemias e sua propagação, o levantamento de novas alternativas e o menor impacto no ambiente. A preocupação com a saúde e o ambiente serão prioridades neste trabalho, já que os portos geram uma infinidade de resíduos que podem atrair insetos e animais, como pombos e ratos, que transmitem muitas doenças.

Resíduos – Os portos são geradores de todo tipo de resíduo que, bem aproveitados, podem se transformar até mesmo em energia. Os passíveis de queima, por exemplo, podem produzir energia com processos tecnológicos diversos de baixo impacto ambiental e boa eficiência energética. “Podemos prever que, num futuro próximo, os portos poderão se transformar em autoprodutores de energia e, em alguns casos, em produtores independentes, podendo inclusive vender o excedente para demandas externas, com recebimento de créditos de carbono. Com isso, espera-se atingir uma maior sustentabilidade econômico-financeira, o que tornará o passivo dos resíduos portuários em ativos para investidores”, explicou o coordenador do programa Marcos Freitas, professor da Coppe/UFRJ.

De tudo um pouco pode ser encontrado no porto: sucatas, entulhos, madeiras, material orgânico, cargas mal acondicionadas, material de escritório, material plástico, pilhas e baterias, lâmpadas, além do acúmulo de grãos e resíduos de cargas nos pátios devido ao acondicionamento e limpeza inadequados durante carga e descarga para transporte ou armazenamento temporário. Há ainda as embarcações que transportam carga ou passageiros que geram outro tipo de resíduo, como os de cozinha, do refeitório, dos serviços de bordo, além dos contaminados com óleo, resultado das operações de manutenção do navio. Fonte: portossa.com

CABOTAGEM

CABOTAGEM:
Cabotagem é a navegação entre portos marítimos de um mesmo país, sem perder a costa de vista.[1] A cabotagem contrapõe-se à navegação de longo curso, ou seja, aquela realizada entre portos de diferentes nações.
Existe ainda o termo "cabotagem internacional", o qual é utilizado frequentemente para designar a navegação costeira envolvendo dois ou mais países. O transporte de cabotagem foi muito utilizado na década de 1930 no transporte de carga a granel, sendo o principal modelo de transporte utilizado quando as malhas ferroviária e rodoviária apresentavam condições precárias para o transporte.
O termo é derivado do nome de família do navegador veneziano do século XVI Sebastião Caboto, que explorou a costa da América do Norte ao margeá-la, da Flórida à foz do rio São Lourenço, no atual Canadá. Na América do Sul, Caboto, ao serviço da Coroa de Espanha, adentra o rio da Prata, pelo litoral, em 1527 em busca da mítica Serra da Prata, numa expedição que prolonga até 1529, sem lograr o seu objetivo. Por causa desses feitos na navegação costeira e em sua homenagem, a estratégia de navegação costeando o litoral recebeu o nome de cabotagem. 1. Dicionário eletrônica Houaiss da língua portuguesa, versão 1.0.5, 2002, ed Objetiva.   Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabotagem

O Brasil possui uma costa litorânea de aproximadamente 9.200 quilômetros, característica geográfica que faz com que muitos especialistas no setor de transportes apontem a cabotagem como o melhor modal para o escoamento da produção nacional. No entanto, não é isso o que acontece; no País, apenas 15% das mercadorias utilizam este tipo de movimentação para chegarem aos seus destinos.

De acordo com Roberto Rodrigues, presidente da Mercosul Line, um dos motivos, que levam a baixa porcentagem da utilização deste modal, é o fato dos investimentos das empresas no setor serem recentes. “Até poucos anos atrás não havia muitas empresas que operavam a cabotagem, ou seja, não existia um serviço consistente com regularidade, isso está mudando no Brasil. Hoje as companhias oferecem operações semanais, tem garantia que a entrega será feita. Há um investimento na frota e na aquisição de navios mais novos”, afirmou.

Os números comprovam esta mudança. Segundo o executivo, o mercado de cabotagem cresce de 10 a 15% ao ano no Brasil. Rodrigues destaca a vantagem que os produtores já estão enxergando na utilização do serviço, que chega a ser 30% mais econômico que o modal rodoviário (responsável por mais da metade do transporte nacional). Além de ser mais vantajosa financeiramente, a utilização deste recurso também é menos poluente que o uso de caminhões.

O dirigente ressaltou que o serviço ainda preserva mais a integridade do produto transportado e diminui a incidência de mercadorias roubadas. “A carga de valor agregado alto, como o caso dos eletrônicos, se beneficia muito da cabotagem pelo custo do frete e, principalmente, pelo risco de roubo de cargas e avarias ser menor, uma vez que o trajeto utilizando caminhões é mais restrito, basicamente, entre o porto e o destino final”, declarou o executivo que ressaltou que a má conservação das estradas brasileiras aumenta o risco de dano a carga rodoviária.

No Brasil, o transporte por meio da cabotagem é feito por contêineres e o fluxo de produtos se divide em duas formas: as embarcações, que saem do Sul em direção ao Norte, levam alimentos refrigerados, materiais de construção, aço e matérias primas em geral para as indústrias nortistas e nordestinas; já no sentido oposto, do Norte para o Sul, os navios são carregados com eletrônicos e embalagens pet, em função, principalmente, do polo industrial de Manaus.

Outro setor que poderia se beneficiar da cabotagem é o automotivo, ou pelo menos parte dele. “No Brasil, o transporte de veículos é feito majoritariamente por caminhões cegonhas, praticamente não possuímos este tipo de serviço por cabotagem, até porque não existe no País navios que operem esta carga, e fazê-lo por contêineres não é economicamente viável. O que poderia ser feito é utilizar as embarcações para movimentarem motos e peças de reposição que podem ser conteinerizadas”, explicou.

Para Rodrigues, o Brasil poderia acelerar a utilização da cabotagem se houvesse mais incentivos a este modal, como, por exemplo, uma disponibilidade maior de horários para a navegação entre portos nacionais, atualmente, a preferência são para as de longo curso. Além disso, os gargalos na infraestrutura portuária prejudicam as operações devido ao tempo que as embarcações perdem paradas nos terminais.

Fonte: Site Webtranspo / CODEBA

ONDA DE TERCEIRIZAÇÃO ATINGE TODA CAMADA LOGÍSTICA

O Transporte de mercadorias bens e serviços tem passado nos últimos anos por um acelerado processo de terceirização, milhares de pequenas e médias empresas apareceram nos últimos anos, foram gerados empregos, mas ao mesmo tempo criou-se uma camada de dependência muito grande, pois o serviço antes administrado por uma única empresa e por uma única filosofia passou a ter muitas filosofias diferentes, ouve então uma ramificação da estruturas gerenciais das grandes empresas que criou gerencias especificas para cada area. Isso nos leva a um ponto que devemos refletir até que ponto terceirizar é benefico para cada empresa e o quanto essa separação toda atinge a rede de distribuição, vejamos a seguir uma definição da terceirização dada pela enciclopédia wikipédia:
A terceirização ou outsourcing é uma prática que visa a redução de custo e o aumento da qualidade. Pode ser usada em larga escala por grandes corporações e, observada principalmente em empresas de telecomunicações, mineração, indústrias etc. Pequenas e médias empresas também podem se beneficiar muito com essa prática, uma vez que elimina burocracias internas com as atividades-meio.
Apesar das várias vantagens, a Terceirização deve ser praticada com cautela. Uma má gestão de terceirização pode implicar para as empresas um descontrole e desconhecimento de sua mão-de-obra, a contratação involuntária de pessoas inadequadas, perdas financeiras em ações trabalhistas movidas pelos empregados terceirizados, dentre outros problemas.
O processo de terceirização em uma organização deve levar em conta diversos fatores de interesse, tais como a redução de custos e principalmente o foco na sua atividade-fim. A terceirização precisa estar em conformidade com os objetivos estratégicos da organização, os quais irão revelar em que pontos ela poderá alcançar resultados satisfatórios.
O que não se deve terceirizar? Bom,o princípio básico é que não se terceirize a sua atividade-fim. Sendo assim, uma organização que desconhece a si mesma, em um processo de terceirização, corre sério risco de perder sua identidade e principalmente o seu diferencial competitivo. Mesmo na atividade-meio, só é permitido terceirizar quando não houver subordinação hierárquica, ou seja, locação de mão de obra é ilegal.
A atividade-fim de uma empresa é a razão de existir dessa empresa. Dentro do serviço público, têm-se exemplos de terceirizações satisfatórias, como é o caso dos serviços de limpeza. Neste caso, a terceirização é indicada pois a atividade-fim do serviço público não é a limpeza de seu patrimônio.
Para amenizar os problemas causados pela terceirização, estão sendo criadas por empresas de software algumas soluções de sistemas informatizados para promover de forma mais eficaz o controle e a gestão da mão-de-obra terceirizada, sendo uma importante ferramenta para o departamento de recursos humanos das empresas que praticam a terceirização.
No transporte além do planejamento é necessário conhecer a estrutura e qualidade dos serviços prestados pelo contratado, o retorno de informações e o atendimento.
A maioria destes prestadores de serviços não apresentam níveis de serviços confiáveis, e dentro de sua estrutura utilizam terceiros também.
As parcerias são necessárias e temos que entender que não podemos aliar-nos com parceiros mais fracos que nossa organização, eles devem ter uma qualidade superior.
Precisamos fortalecer a corrente e não enfraquecê-la!  
hora de se partir para esse modelo de terceirização, tais como:
? Qual a importância da Logística para o negócio?
? Qual o nível de serviço eu pretendo ter com os meus clientes?
? Qual a previsibilidade e a sazonalidade da minha indústria?
? O que é melhor administrável custos fixos (área própria) ou variáveis(contratos com terceiros)?
? Como a minha empresa está hoje em relação às melhores práticas de SCM praticadas hoje em dia?
? Minha empresa tem recursos ( Financeiros, Pessoas, Conhecimento) para tocar essa área e sempre se atualizar?
? Qual seria o Custo total de uma área logística interna (pessoas, processos, tecnologia, equipamentos e outros)?

Depois de toda essa analise pode se chegar a conclusão que é mais estratégico se verticalizar ou se terceirizar a logística da empresa. Porém, não acaba por ai, pois todas essas informações devem agora compor como será essa operação:
? Vou terceirizar o que? (Expedição, Roteirização, Transporte, Armazenagem, Movimentação, Distribuição, Recolocação de Produtos no Ponto de venda, Manutenção e etc..)
? Irei usar as minhas instalações ou as do operador logístico?
? Vou trabalha com contratos ou spots do mercado?
? Quais serão as responsabilidades e autonomias do departamento de Logística da empresa ?
? Qual o perfil das empresas que eu quero que me atenda? Irei fazer um processo de seleção baseados em RFI´s e RFP´s?
? Com quantos fornecedores diferentes eu quero trabalhar?
? Quais serão os meus KPI´s de logística? 
A terceirização da logística é uma ótima solução caso sua empresa não disponha de estrutura adequada e experiência para desenvolvê-la, ou se a logística não fizer parte do seu core business. A operação logística é parte integrante do Supply Chain Management.
 
Um levantamento realizado pela Aslog (Associação Brasileira de Logística) traçou o atual panorama do segmento de logística no País.“a análise foi executada com o objetivo de identificar os parâmetros que envolvem a contratação de operadores logísticos”.

Com isso, foi verificado que a terceirização dos serviços neste segmento é uma prática bastante comum no País. De acordo com o Sindiprestem (Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão-de-obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo), mais de 86% das empresas brasileiras têm utilizado esta modalidade na contratação de diversos tipos serviços.

 Com relação à logística, segundo o estudo da Aslog, 41% das empresas terceirizam parcialmente o serviço com foco em transporte. Outros 28% realizam a prática com a estratégia voltada para a logística. Além disso, 20% das corporações terceirizam totalmente o serviço. A pesquisa também destaca que outros 8% pretendem atuar com operação própria e 3% ainda não definiram uma estratégia.
Cada empresa investe naquilo que é o coração da companhia, no que apenas ela sabe fazer. Muitos setores da indústria sabe fazer logística, mas se uma organização precisa crescer a curto prazo é mais vantajoso terceirizar a operação, pesquisa realizada pela Aslog também verificou que o custo logístico representa de 2 a 5% sobre o faturamento de 37% das empresas entrevistadas. Para 25% delas o valor é de 5 a 8%. Além disso, 79% das corporações criaram um departamento específico para gerenciar as atividades logísticas.

Quanto aos critérios de escolha de um operador logístico, as empresas – com a opção de escolher mais de um item – indicaram que o preço é o diferencial para 87% das companhias. Experiência, tecnologia, histórico de desempenho, qualidade de pessoal, saúde financeira e portfólio receberam, respectivamente, 66%, 44%, 30%, 26%, 20% e 15%.

Em relação ao processo para a tomada desta decisão, 56% dos entrevistados indicaram que realizam um processo de levantamento de dados e cotações; 41% fazem uma simples cotação e comparativo de preços; e 3% seguem indicações de outras empresas.
Quando o assunto são os serviços terceirizados, a distribuição de produtos acabados representa 84% das operações, seguida pelo despacho aduaneiro (66%), coleta e transporte de insumos produtivos (64%), transferências entre centros de distribuição e fábricas (62%), armazenagem externa (46%) e logística reversa (38%). Neste quesito, os entrevistados puderam selecionar mais de uma opção.

A análise também verificou as deficiências dos operadores logísticos do ponto de vista da empresa contratante. Para 56% das companhias, não há projetos de melhoria continuada. Outras questões como a comunicação (48%), as informações de desempenho (48%), o nível de serviço constante e adequado às necessidades da empresa (38%) e o uso de ferramentas tecnológicas (36%) foram apontadas pelos executivos que participaram do levantamento.

Com tantos aspectos abordados no estudo, a entidade acredita que “a pesquisa é de suma importância para o setor pois, por meio dela, é ´possível acompanhar as necessidades, a relação e as tendências de mercado”.

O estudo – que deve continuar sendo realizado nos próximos anos - contou com a colaboração de aproximadamente 60 companhias de diversas áreas de atuação. O levantamento completo pode ser acessado no site da entidade: www.aslog.org.br 

Eclusas

Seguindo em nosso bloco de informações sobre Transporte e Multimodalidade, vamos seguir no Modal Hidroviário – Fluvial. Esta é uma outra opção existente, porém pouco utilizada. Para ele, existem diversos nomes (todos sinônimos), como via navegável, caminho fluvial, caminho marítimo, aquavia ou mais conhecida como hidrovia.
fluvial Mas o que são as hidrovias? Hidrovias são caminhos pré determinados para o tráfego aquático. É muito utilizado para realizar transporte em grandes quantidades e em longa distância, principalmente por ser mais barato que ferrovia (países desenvolvidos). Mas este meio de transporte não é muito utilizado aqui no Brasil, mesmo havendo grandes bacias hidrográficas e isso se deve pelas rodovias construídas com o intuito de baratear o custo do transporte, inviabilizando um pouco o uso do modal fluvial.
Nosso país possui aproximadamente 4.000km de costas navegáveis e milhares e milhares de quilômetros de rios. O Brasil é a 10ª economia mundial mas ocupa apenas o 65º lugar em competitividade de exportação. Em parte, isso ocorre devido ao sistema de transporte mal planejado e a falta da multimodalidade. As vantagens de se usar a hidrovia como meio de transporte são bem visíveis: para cada tonelada de soja transportada, gastam-se US$ 8,00 na hidrovia, US$ 16,00 na ferrovia e de US$ 30,00 na rodovia. Estas medidas valem para praticamente todos os produtos. Além disso as embarcações não tem a mesma frequência de desgaste e acidentes, como nas rodovias. No Brasil, as hidrovias não movimentam nem 1% do
total de cargas transportadas. Cerca de 43 mil km de rios são navegáveis mas somente 10 mil são utilizados.Vamos conhecer estas hidrovias e quais suas características principais:
  1. Hidrovia Taguari-Guaíba: com relação à carga transportada, esta é considerada a principal hidrovia, possuindo inclusive terminais que ajudam no transbordo de cargas.
  2. Hidrovia do Madeira: Afluente do rio Amazonas, o rio Madeira possui 1.056km de extensão e esta hidrovia ainda possibilita a navegação noturna.
  3. Hidrovia São Francisco: É a opção mais econômica de ligar o centro-oeste e o nordeste, possuindo cerca de 1.371km navegáveis. É importante reforçar que o rio São Francisco é considerado destaque no transporte aquático nacional.
  4. Hidrovia Tietê-Paraná: Pois é gente, o mesmo rio que é extremamente poluído aqui em São Paulo, no interior é super limpo e perfeito para navegação, lazer e pesca. Ele possui 1.250km de extensão sendo 450km no tio Tietê e 800km no rio Paraná.  É um grande gerador de energia elétrica e que trouxe o progresso, mas não é tão navegável quanto os demais.
  5. Hidrovia Araguaio-Tocantins: durante as cheias, o rio Tocantins passa a ficar com 1.900km e o Araguaia fica com 1.100km. O rio Tocantins no estado do Pará, no trecho que se estende desde o sopé da barragem até a sua foz, em uma extensão de 250km, é navegado por classe diferente de embarcação, de maior porte.
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Mas por que a hidrovia não funciona direito no Brasil? Infelizmente nossa frota é muito antiga,  a falta de oferta e regularidade é muito grande além de não haver muito espaço nos estaleiros nacionais. Como podemos imaginar também, as leis são bem incompletas, o que torna o processo mais burocrático, causando um descrédito sobre a capacidade e eficiência das hidrovias.
Características importantes do transporte hidroviário:
  1. Produtos típicos transportados: granéis (baixo valor agregado) e não perecíveis;
  2. Baixo custo de transporte, quando em grande quantidade;
  3. Mais seguro;
  4. Eficiência na carga e descarga;
  5. Necessidade complementar de transporte (Ex: do Rio Tietê para o Porto de Santos;
  6. Risco de acidente das embarcações;
  7. Os caminhos da hidrovia já foram desenhados pela natureza;
  8. Tamanho do comboio a ser analisado – transposição de canais e eclusas, desmembramento e gabarito;
  9. Utilizado mais através de serviço com terceiros do que com serviços próprios;
  10. Poluição ao meio ambiente – além das embarcações acabarem poluindo muito, a construção de eclusas faz com que o ecossistema seja alterado – entretanto ele é o menos poluente;
  11. Privatização das UHE (Usinas Hidrelétricas) – regularização da vazão;
  12. Sinalização, calado e percurso noturno;
  13. Não abrange o país inteiro
Características desejáveis para este modal:
  1. Realização de tratamentos da água dos rios e lagos;
  2. Boa manobrabilidade;
  3. Ampla visibilidade;
  4. Em casos de necessidade, recursos para desencalhe.
Cenário Mundial
  • 11% da demanda do transporte de cargas da Europa Ocidental é feita através de vias navegáveis;
  • Na Europa, mais de 400 milhões de toneladas de produtos são transportados anualmente em mais de 26 mil km de hidrovias.
  • Nos EUA, mais de 1,5 bilhões de toneladas de produto são transportados anualmente nos mesmos 40 mil km de hidrovias que o Brasil possui.
Eclusas
A eclusa é uma obra de engenharia que faz com que em uma construção seja possível que barcos subam o desçam os rios/mares em locais onde há desníveis (corredeiras ou quedas d´agua). No Brasil, temos aproximadamente 18 eclusas em quase todas as regiões do Brasil.

FONTE: http://www.logisticanaveia.com.br/tag/eclusa/

Infraestrutura de portos Brasileiros é ruim

A qualidade da infraestrutura brasileira piorou em relação ao resto do mundo pelo segundo ano consecutivo. Desta vez, no entanto, o País despencou 20 posições no ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial, de 84º para 104º lugar. Em 2010, já havia perdido três colocações por causa da lentidão do governo para tirar projetos importantes do papel.  
A tendência não é nada animadora. Na avaliação de especialistas, com a paralisia verificada em algumas áreas este ano a situação tende a piorar. É o caso da malha rodoviária. No ranking mundial elaborado com base na opinião de cerca de 200 empresários nacionais e estrangeiros, a qualidade das estradas brasileiras caiu 13 posições e está entre as 25 piores estruturas dos 142 países analisados.  
 A preocupação é que, depois dos escândalos de corrupção no Ministério dos Transportes, muitas obras estão paralisadas. Segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foram suspensos 41 editais, que estão sendo liberados de acordo com a prioridade do ministério.  
 O órgão destaca, entretanto, que esses processos estavam em diferentes estágios, alguns na fase anterior à abertura das propostas. Apesar disso, afirma que conseguiu executar R$ 1,2 bilhão em agosto. Mas será preciso bem mais energia para melhorar a posição no ranking mundial, avalia o consultor para logística e infraestrutura da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet.  
 Ele destaca que já esperava essa piora do País em relação ao resto do mundo. “A economia brasileira está crescendo e a infraestrutura está estagnada, em deterioração.” Um dos pontos críticos, na opinião do executivo, é o sistema portuário, que recebeu nota de 2,7 pontos (quanto mais próximo de 1, pior). Com isso, a qualidade dos portos brasileiros caiu sete posições e está entre os 13 piores sistemas avaliados pelo Fórum Econômico Mundial. Entre todas as áreas, os portos ocupam a pior posição, 130º.

Fonte: atribuna.com.br

Plano do governo para intregração hidroviária

De A Tribuna On-line


Especialistas do Laboratório de Transportes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresentaram nesta quarta-feira, em Brasília, o primeiro relatório  do Plano Nacional de Integração Hidroviária, que apresentava o resultado dos estudos feitos sobre a hidrovia Araguaia-Tocantins.



A apresentação, feita pelo economista José Seabra e pelo o engenheiro André Hadlich, identificou as produções econômicas relevantes na região, os fluxos (origem/destino) atuais dos produtos, o potencial e os fluxos futuros de produção, a rede de transportes atual e futura e os investimentos e custos operacionais envolvidos na implementação do referido potencial. O relatório traz também resultados de simulações com cenários alternativos, bem como a avaliação econômica de cada um deles.



Para realização do trabalho, os especialistas ligados ao Laboratório de Transportes da UFSC entrevistaram pessoas ligadas ao agronegócio, à mineração e a outras atividades econômicas relevantes na região, para colher dados sobre a demanda atual e futura por infraestrutura de transporte. Levaram em conta também as matrizes do Plano Nacional de Logística de Transporte, lançado em 2004 pelo Ministério dos Transportes, bem como dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) sobre a navegação interior na região e outros que permitiram complementar e atualizar os dados do PNLT.


As principais commodities cujo escoamento seria beneficiado pelo incremento do transporte hidroviário no Araguaia-Tocantins seriam minério de ferro, soja, ferro-gusa, produtos siderúrgicos e, futuramente, manganês, produtos de exportação florestal e animais vivos.


O Laboratório de Transportes da UFSC identificou também macrorregiões que seriam especialmente propícias à instalação de novos terminais portuários, considerando aspectos geográficos e geológicos e a proximidade de regiões produtoras.


O relatório é apenas o primeiro de uma série que identificará macrorregiões favoráveis à instalação de novos terminais nas hidrovias Amazonas-Solimões, Madeira, São Francisco, Paraguai-Paraná, Tietê-Paraná, Hidrovia do Sul e Tapajós. Especialistas da própria Anatq farão o mesmo trabalho em relação à hidrovia do Parnaíba. O prazo previsto para conclusão é fevereiro de 2012