sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CABOTAGEM

CABOTAGEM:
Cabotagem é a navegação entre portos marítimos de um mesmo país, sem perder a costa de vista.[1] A cabotagem contrapõe-se à navegação de longo curso, ou seja, aquela realizada entre portos de diferentes nações.
Existe ainda o termo "cabotagem internacional", o qual é utilizado frequentemente para designar a navegação costeira envolvendo dois ou mais países. O transporte de cabotagem foi muito utilizado na década de 1930 no transporte de carga a granel, sendo o principal modelo de transporte utilizado quando as malhas ferroviária e rodoviária apresentavam condições precárias para o transporte.
O termo é derivado do nome de família do navegador veneziano do século XVI Sebastião Caboto, que explorou a costa da América do Norte ao margeá-la, da Flórida à foz do rio São Lourenço, no atual Canadá. Na América do Sul, Caboto, ao serviço da Coroa de Espanha, adentra o rio da Prata, pelo litoral, em 1527 em busca da mítica Serra da Prata, numa expedição que prolonga até 1529, sem lograr o seu objetivo. Por causa desses feitos na navegação costeira e em sua homenagem, a estratégia de navegação costeando o litoral recebeu o nome de cabotagem. 1. Dicionário eletrônica Houaiss da língua portuguesa, versão 1.0.5, 2002, ed Objetiva.   Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabotagem

O Brasil possui uma costa litorânea de aproximadamente 9.200 quilômetros, característica geográfica que faz com que muitos especialistas no setor de transportes apontem a cabotagem como o melhor modal para o escoamento da produção nacional. No entanto, não é isso o que acontece; no País, apenas 15% das mercadorias utilizam este tipo de movimentação para chegarem aos seus destinos.

De acordo com Roberto Rodrigues, presidente da Mercosul Line, um dos motivos, que levam a baixa porcentagem da utilização deste modal, é o fato dos investimentos das empresas no setor serem recentes. “Até poucos anos atrás não havia muitas empresas que operavam a cabotagem, ou seja, não existia um serviço consistente com regularidade, isso está mudando no Brasil. Hoje as companhias oferecem operações semanais, tem garantia que a entrega será feita. Há um investimento na frota e na aquisição de navios mais novos”, afirmou.

Os números comprovam esta mudança. Segundo o executivo, o mercado de cabotagem cresce de 10 a 15% ao ano no Brasil. Rodrigues destaca a vantagem que os produtores já estão enxergando na utilização do serviço, que chega a ser 30% mais econômico que o modal rodoviário (responsável por mais da metade do transporte nacional). Além de ser mais vantajosa financeiramente, a utilização deste recurso também é menos poluente que o uso de caminhões.

O dirigente ressaltou que o serviço ainda preserva mais a integridade do produto transportado e diminui a incidência de mercadorias roubadas. “A carga de valor agregado alto, como o caso dos eletrônicos, se beneficia muito da cabotagem pelo custo do frete e, principalmente, pelo risco de roubo de cargas e avarias ser menor, uma vez que o trajeto utilizando caminhões é mais restrito, basicamente, entre o porto e o destino final”, declarou o executivo que ressaltou que a má conservação das estradas brasileiras aumenta o risco de dano a carga rodoviária.

No Brasil, o transporte por meio da cabotagem é feito por contêineres e o fluxo de produtos se divide em duas formas: as embarcações, que saem do Sul em direção ao Norte, levam alimentos refrigerados, materiais de construção, aço e matérias primas em geral para as indústrias nortistas e nordestinas; já no sentido oposto, do Norte para o Sul, os navios são carregados com eletrônicos e embalagens pet, em função, principalmente, do polo industrial de Manaus.

Outro setor que poderia se beneficiar da cabotagem é o automotivo, ou pelo menos parte dele. “No Brasil, o transporte de veículos é feito majoritariamente por caminhões cegonhas, praticamente não possuímos este tipo de serviço por cabotagem, até porque não existe no País navios que operem esta carga, e fazê-lo por contêineres não é economicamente viável. O que poderia ser feito é utilizar as embarcações para movimentarem motos e peças de reposição que podem ser conteinerizadas”, explicou.

Para Rodrigues, o Brasil poderia acelerar a utilização da cabotagem se houvesse mais incentivos a este modal, como, por exemplo, uma disponibilidade maior de horários para a navegação entre portos nacionais, atualmente, a preferência são para as de longo curso. Além disso, os gargalos na infraestrutura portuária prejudicam as operações devido ao tempo que as embarcações perdem paradas nos terminais.

Fonte: Site Webtranspo / CODEBA

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